OLHA ESSE ACHADO, GENTE!
Influenciadoras digitais roubam a cena do Instagram em meio à era digital
Por Leonardo Sanfilippo e
Thatyanne Studart
Em 17/04/18
A popularização da internet deu voz àquele que saiba usar as plataformas disponíveis e alguns acabam tornando-se Influenciadores Digitais. Eles se destacam pela produção de conteúdo para redes como o Instagram, atingindo um número gigante de pessoas rapidamente. E é aí que surgem as várias vertentes de conteúdo, como aquelas que dão dicas de produtos – roupas, sapatos, cosméticos – baratos, os famosos “achados”, que fazem muito sucesso, principalmente com as meninas jovens. Em meio a essa era digital, algumas pessoas passam a adotar essa vida de influenciadora como uma segunda profissão.
Esse é o caso da Luiza Souza, que além de ser estudante de Engenharia Civil é administradora da conta @aieuqueroo. Para ela, esse conteúdo é um dos mais procurados pelas meninas pelo preço e por aproxima-las do mundo das blogueiras. “Elas não veem uma blogueira que usa uma peça muito cara e pensam que não podem ter aquele produto. Elas me veem usando blusa de 49 reais, vê que é barato e que é próximo da realidade delas e assim se sentem próximas”.
![]() |
Luiza Souza inaugurou esse ano a loja do "Ai, eu quero!" no centro do Rio de Janeiro Foto: Thatyanne Studart |
Para Natália Short, que é publicitária e administradora do @achados_rj, os jovens estão mais conscientes, por isso a procura por produtos baratos. “Existe uma preocupação com o custo-benefício. Mesmo com poucos recursos, há uma vontade de estar na moda e acredito que seja por isso que se identificam com o meu e outros perfis de achados.”
As duas juntas têm quase 75 mil seguidores. Elas acreditam que o sucesso desse conteúdo tem um pouco a ver com o momento de crise do país, fazendo com que as pessoas procurem por essas alternativas. “Não é preciso ter muito dinheiro para se vestir bem, por isso sempre fui assídua das liquidações. É nisso que acredito, ainda mais nos dias de hoje, em que temos que fazer milagre com pouco”, afirmou Natália. “O boom do ‘Ai, eu quero!’ foi nesse momento de crise, que juntei o útil ao agradável”, declarou Luiza.
A Luiza foi um pouco além, expandiu a sua marca para uma lojinha no Centro do Rio de Janeiro. Ela conta que precisava de um espaço para ter um contato maior com suas seguidoras. “Todos eventos que eu fazia lotavam muito, então percebi que elas tinham a necessidade de estar comigo fisicamente e aí eu pensei em abrir esse espaço”. A loja foi inaugurada esse ano e lá ela reúne algumas marcas: “Eu pensei em juntar aquelas que eram as mais procuradas e que são parceiras desde o comecinho”, completou.
Comentários
Postar um comentário